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Maria Bethânia




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Maria Bethânia Album


Simplesmente (1990)
1990
1.
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(by Gonzaguinha)

Chega de tentar dissimular
E disfarçar e esconder
O que não da mais pra ocultar
E eu não posso mais calar
Já que o brilho desse olhar foi traidor e
Entregou o que você tentou conter
O que você não quis desabafar e me cortou.

Chega de temer, chorar, sofrer
Sorrir, se dar, e se perder, e se achar
Que tudo aquilo que e viver,
Eu quero mais e me abrir
E que essa vida entre assim
Como se fosse o sol
Desvirginando a madrugada
Quero sentir a dor dessa manhã.

Nascendo, rompendo, rasgando,
E tomando meu corpo e então eu
Chorando, sofrendo, gostando, adorando, gritando
Feito louco, alucinado e criança
Sentindo o meu amor se derramando
Não da mais pra segurar
Explode coração.

. . .


(by Gonzaguinha)

Primeiro você me azucrina,
Me entorta a cabeça
Me bota na boca
Um gosto amargo de fel
Depois vem chorando desculpas
Assim meio pedindo
Querendo ganhar
Um bocado de mel
Não vê que então eu me rasgo
Engasgo, engulo,
Reflito, estendo a mão
E assim nossa vida
É um rio secando
As pedras cortando,
E eu vou perguntando:
"Até quando?"
São tantas coisinhas
Miúdas, roendo, comendo
Amassando aos poucos
Com o nosso ideal
São frases perdidas
Num mundo de gritos e gestos

Num jogo de culpa
Que faz tanto mal
Não quero a razão
Pois eu sei
O quanto estou errada
O quanto já fiz dest ruir
Só sinto no ar o momento
Em que o copo está cheio
E que já não dá mais pra engolir
Veja bem, nosso caso
É uma porta entreaberta
Eu busquei a palavra mais certa
Vê se entende
O meu grito de alerta
Veja bem, é o amor
Agitando meu coração
Há um lado carente
Dizendo que sim

. . .


(by Paulo Sérgio Valle, Jota, Ribeiro & Duda)

De repente fico rindo à toa,
sem saber porque?
E vem a vontade de sonhar,
de novo te encontrar.
Foi tudo tão de repente.
Eu não consigo esquecer.
E confesso tive medo,
quase disse não.
Mas o seu jeito de me olhar.
A fala mansa meio rouca.
Foi me deixando quase louca.
Já não podia mais pensar.
Eu me dei toda prá você.

De repente fico rindo à toa,
sem saber porque?
E vem a vontade de sonhar,
de novo te encontrar.
Foi tudo tão de repente.
Eu não consigo esquecer.
E confesso tive medo,
quase disse não.
E meio louca de prazer.
Lembro teu corpo no espelho.
E vem o cheiro de amor.
Eu te sinto tão presente.
Volte logo meu amor.

. . .


(by Sueli Costa)

O meu coração ateu
Quase acreditou
Na sua mão que não passou
De um leve adeus
Breve pássaro
Pousado em minha mão
Bateu asas e meu coração
Por certo tempo
Passeou na madrugada
Procurando um jardim
Flor amarela
Flor de uma longa espera
Logo meu coração ateu
Se falo em mim e não em ti
É que nesse momento
Já me despedi
Meu coração ateu
Não chora e não lembra

. . .


(by Marina & Antônio Cícero)

Eu gosto de ser mulher
Sonhar arder de amor
Desde que sou uma menina
De ser feliz ou sofrer
Com quem eu faça calor
Esse querer me ilumina
E eu não quero amor nada de menos
Dispense os jogos desses mais ou menos
Pra que pequenos vícios
Se o amor são fogos que se acendem
Sem artifícios
Eu já quis ser bailarina
São coisas que não esqueço
E continuo ainda a sê-la
Minha vida me alucina
É como um filme que faço
Mas faço melhor ainda
Do que as estrelas
Então eu digo amor, chegue mais perto
E prove ao certo qual é o meu sabor
Ouça meu peito agora
Venha compor uma trilha sonora para o amor
Eu gosto de ser mulher
Que mostra mais o que sente
O lado quente do ser
Que canta mais docemente

. . .


(by Jon Lucien - Guilherme Arantes)

Quem me chamou
Quem vai querer voltar pro ninho
E redescobrir seu lugar
Pra retornar
E enfrentar o dia-a-dia
Reaprender a sonhar

Você verá que é mesmo assim,
Que a história não tem fim
Continua sempre que você
Responde sim à sua imaginação

A arte de sorrir cada vez
Que o mundo diz não
Você verá que a emoção começa agora
Agora é brincar de viver
E não esquecer,
Ninguém é o centro do universo
Que assim é maior o prazer

Você verá que é mesmo assim,
Que a história não tem fim
Continua sempre que você
Responde sim à sua imaginação

E eu desejo amar todos
Que eu cruzar pelo meu caminho
Como eu sou feliz,
Eu quero ver feliz
Quem andar comigo
Lá lá lá la lá...

Você verá que é mesmo assim,
Que a história não tem fim
Continua sempre que você
Responde sim à sua imaginação
A arte de sorrir
Cada vez que o mundo diz não.

Lá lá lá la lá...

. . .


(by Caetano Veloso)

Ah que esse cara tem me consumido
A mim e a tudo que eu quis
Com seus olhinhos infantis
Como os olhos de um bandido
Ele está na minha vida porque quer
Eu estou pra o que der e vier
Ele chega ao anoitecer
Quando vem a madrugada ele some
Ele é quem quer
Ele é o homem
Eu sou apenas uma mulher

. . .


(by Chico Buarque & Ruy Guerra)

Quero ficar no teu corpo feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Pra seguir viagem
Quando a noite vem
E também pra me perpetuar em tua escrava
Que você pega, esfrega, nega
Mas não lava

Quero brincar no teu corpo feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem
E nos músculos exaustos do teu braço
Repousar frouxa, murcha, farta
Morta de cansaço

Quero pesar feito cruz nas tuas coisas
Que te retalhar em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem
Quer ser a cicatriz risonha e corrosiva
Marcada a frio, a ferro e fogo
Em carne viva

Corações de mãe
Arpões, sereias e serpentes
Que te rabiscam o corpo todo
Mas não sentes

. . .


(by Chico Buarque & Francis Hime)

Quando olhaste bem nos olhos meu
E o teu olhar era de adeus,
Juro não acreditei
Eu te estranhei, me debrucei
Sobre o teu corpo e duvidei
E me arrastei, e te arranhei
E me (agarrei) nos teus cabelos
Nos teus pelos, teu pijama
Nos teus pés, ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho

Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua
Só pra provar que ainda sou tua

. . .


(by Lucio Dalla & Paola Pallottino)

Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar
Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar
Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente
E minha mãe se entregou a esse homem perdidamente, laiá, laiá,laiá, laiá

Ele assim como veio partiu não se sabe prá onde
E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe
Esperando, parada, pregada na pedra do porto

Com seu único velho vestido, cada dia mais curto, laiá, laiá,laiá, laiá
Quando enfim eu nasci, minha mãe embrulhou-me num manto
Me vestiu como se eu fosse assim uma espécie de santo

Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher
Me ninava cantando cantigas de cabaré, laiá, laiá, laiá, laiá
Minha mãe não tardou alertar toda a vizinhança
A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança
E não sei bem se por ironia ou se por amor
Resolveu me chamar com o nome do Nosso Senhor, laiá, laiá, laiá,laiá

Minha história e esse nome que ainda carrego comigo
Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo
Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome de menino Jesus, laiá, laiá
Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome de menino Jesus
Laiá, laiá, laiá,laiá

. . .


(by Joe Darion & Mitch Leigh, portuguese
lyrics by Chico Buarque & Ruy Guerra)

(vocals - Maria Bethânia & Chico Buarque)

Sonhar mais um sonho impossível
Lutar, quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar, quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão

É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo, cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão

E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão

. . .


(by Enzo de Almeida Passos & Adelino Moreira)

Negue seu amor e o seu carinho
Diga que você já me esqueceu
Pise machucando com jeitinho
Este coração que ainda é seu
Diga que meu pranto é covardia
Mas não se esqueça
Que você foi meu um dia
Diga que já não me quer
Negue que me pertenceu
Que eu mostro a boca molhada
Ainda marcada pelo beijo seu

Negue seu amor, o seu carinho
Diga que você já me esqueceu
Diga que meu pranto é covardia
Mas não se esqueça
Que você foi meu um dia
Diga que já não me quer
Negue que me pertenceu
Que eu mostro a boca molhada
Ainda marcada pelo beijo seu

Diga que já não me quer
Negue que me pertenceu
Que eu mostro a boca molhada
Ainda marcada pelo beijo seu

. . .


(by Herivelto Martins & David Nasser)

Atiraste uma pedra
No peito de quem
Só te fez tanto bem
E quebraste um telhado
Perdeste um abrigo
Feriste um amigo
Conseguiste magoar
Quem das mágoas te livrou
Atiraste uma pedra
Com as mãos que essa boca
Tantas vezes beijou
Quebraste o telhado
Que nas noites de frio
Te servia de abrigo
Feriste o amigo
Que os teus erros não viu
E o teu pranto enxugou
Mas acima de tudo
Atiraste uma pedra
Turvando essa água
Essa água que um dia
Por estranha ironia
Tua sede matou

. . .


(by Paulo Vanzolini)

De noite eu rondo a cidade
A te procurar sem encontrar
No meio de olhares espio
Em todos os bares você não está
Volto pra casa abatida
Desencantada da vida
O sonho alegria me dá
Nele você está

Ah se eu tivesse
quem bem me quisesse
esse alguém me diria
Desista essa busca é inútil
Eu não desistia

Porém com perfeita paciência
Volto a te buscar
Hei de encontrar
Bebendo com outras mulheres
Rolando dadinhos
Jogando bilhar
E nesse dia então
Vai dar na primeira edição
Cena de sangue num bar da
avenida São João.

Ah se eu tivesse
Quem bem me quisesse
Esse alguém me diria
Desista essa busca é inútil
Eu não desistia

Porém com perfeita paciência
Volto a te buscar
Hei de encontrar
Bebendo com outras mulheres
Rolando dadinhos jogando bilhar

E nesse dia então
Vai dar na primeira edição
Cena de sangue num bar da
Avenida São João

. . .


(by Lupicínio Rodrigues)

E aí
Eu comecei a cometer loucura
Era um verdadeiro inferno
Uma tortura
O que eu sofria por aquele amor
Milhões de diabinhos me martelando
Meu pobre coração que agonizando
Já não podia mais de tanta dor

E aí
Eu comecei a cantar verso triste
O mesmo verso que até hoje existe
Na boca triste de algum sofredor
Como é que existe alguém
Que ainda tem coragem de dizer
Que os meus versos não contêm mensagem
São palavras frias, sem nenhum valor

Oh! Deus, será que o senhor não está vendo isto
Então por que é que o senhor mandou Cristo
Aqui na Terra semear amor
Quando se tem alguém
Que ama de verdade
Serve de riso pra humanidade
É um covarde, um fraco, um sonhador
Se é que hoje tudo está tão diferente
Por que não deixa eu mostrar a essa gente
Que ainda existe o verdadeiro amor
Faça ela voltar de novo pra o meu lado
Eu me sujeito a ser sacrificado
Salve seu mundo com a minha dor

. . .


(by Chico Buarque)

Quando voce me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme
Quase enlouqueci
Mas depois como era de costume, obedeci

Quando voce me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer

Olhos nos olhos
Quero ver o que voce faz
Ao sentir que sem voce eu passo bem demais

E que venho até remoçando
Me pego cantando sem mais nem porque

E tantas águas rolaram
Tantos homens me amaram bem mais e melhor que voce

Quando talvez precisar me mim
Voce sabe que a casa é sempre sua, venha sim

Olhos nos olhos
Quero ver o que voce diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz

. . .


Havia mais que um desejo
A força do beijo
Por mais que vadia
Não sacia mais
Meus olhos lacrimejam seu corpo
Exposto à mentira
Do calor da ira
Do afã de um desejo
Que não contraíra
No amor, a tortura
Está por um triz
Mas a gente atura
E até se mostra feliz
Quando se tem o álibi
De ter nascido ávido
E convivido inválido
Mesmo sem ter havido

. . .


(by Caetano Veloso & Waly Salomão)

Ó abelha rainha
Faz de mim um instrumento
De teu prazer, sim, e de tua glória
Pois se é noite de completa escuridão
Provo do favo de teu mel
Cavo a direita claridade do céu
E agarro o sol com a mão
É meio dia, é meia noite, é toda hora
Lambe olhos, torce cabelos
Feticeira vamo-nos embora
É meio dia, é meia noite
Faz zum zum na testa
Na janela, na fresca da telha
Pela escada, pela porta
Pela estrada toda à fora
Anima de vida o seio da floresta
Amor empresta a praia deserta
Zumbe na orelha, concha do mar
Ó abelha boca de mel
Carmim, carnuda, vermelha
Ó abelha rainha
Faz de mim um instrumento
De teu prazer, sim, e de tua glória.

. . .


(by Isolda & Milton Carlos)

Eu sei que eu tenho um jeito
Meio estúpido de ser
E de dizer coisas que podem magoar e te ofender
Mas cada um tem o seu jeito
Todo próprio de amar e de se defender
Você me acusa e só me preocupa
Agrava mais e mais a minha culpa
Eu faço, e desfaço, contrafeito
O meu defeito é te amar demais
Palavras são palavras
E a gente nem percebe o que disse sem querer
E o que deixou pra depois
Mais o importante é perceber
Que a nossa vida em comum
Depende só e unicamente de nós dois
Eu tento achar um jeito de explicar
Você bem que podia me aceitar
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser
Mas é assim que eu sei te amar

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(by Chico Buarque)

Vida, minha vida
Olha o que é que eu fiz
Deixei a fatia
Mais doce da vida
Na casa dos homens
De vida vadia
Mas, vida, ali
Quem sabe, eu fui feliz
Quem sabe, eu fui feliz

Luz, quero ser luz
Sei que além das cortinas
São palcos azuis
E infinitas cortinas
Com palcos atrás
Arranca, vida
Estufa, veia
E pulsa, pulsa, pulsa
Pulsa, pulsa mais
Mais, quero mais
Nem que todos os barcos
Recolham o cais
Que os faróis da costeira
Me lancem sinais
Arranca, vida
Estufa, vida
Me leva, leva longe
Longe, leva mais
Vida, minha vida

Olha o que é que eu fiz
Toquei na ferida
Nos nervos, nos fios
Nos olhos dos homens
De vidas sombrias
Mas, vida, ali
Eu sei, eu fui feliz

. . .


(by Gonzaguinha)

Começaria tudo outra vez,
Se preciso fosse meu amor
A chama no meu peito ainda queima,
Saiba, nada foi em vão
A cuba-libre da coragem em minha mão
A dama de lilás me machucando o coração
A febre de sentir seu corpo inteiro coladinho ao meu
E então eu cantaria a noite inteira
Como eu já cantei e cantarei
As coisas todas que já tive,
Tenho e sei que um dia terei
A fé no que virá e a alegria
De poder olhar pra trás
E ver que voltaria com você
De novo a viver nesse imenso salão
Ao som desse bolero, a vida, vamos nós
E não estamos sós, veja meu bem
A orquestra nos espera, por favor
Mais uma vez, recomeçar.

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